Por que repetimos padrões familiares?
- Eliz Casagrande

- 27 de ago. de 2024
- 2 min de leitura

Você já se perguntou por que certos padrões parecem se repetir ao longo das gerações na sua família?
Talvez você tenha notado comportamentos, escolhas ou até dificuldades que se manifestam de forma semelhante em diferentes membros da família. Essas repetições não são coincidência; elas estão profundamente enraizadas nas dinâmicas do sistema familiar, especialmente quando alguém é excluído e nos julgamentos que carregamos ao longo do tempo.
No sistema familiar, todos as pessoas têm um lugar e um papel essencial. Quando alguém é excluído ou julgado, seja por escolhas de vida, erros cometidos ou tragédias, cria-se um desequilíbrio que pode afetar gerações futuras. Esse desequilíbrio se manifesta na forma de padrões repetitivos, como dificuldades financeiras, doenças, conflitos de relacionamento ou problemas emocionais. A repetição desses padrões é, na verdade, uma tentativa inconsciente de restaurar o equilíbrio no sistema familiar, muitas vezes à custa da felicidade e do bem-estar dos descendentes.
Raízes da repetição:
1. Exclusão de alguém: quando uma pessoas da família é excluída, seja por um erro grave, uma escolha de vida incompreendida ou por simplesmente ser "diferente", o sistema familiar reage tentando compensar essa perda. Os descendentes podem, inconscientemente, repetir comportamentos ou padrões de vida semelhantes aos do excluído, na tentativa de reintegrar esse membro ao sistema e restaurar a ordem.
2. Julgamento: o julgamento dentro da família, seja entre pais e filhos, entre irmãos ou em relação a outros parentes, também cria um bloqueio. Esse julgamento pode se manifestar como ressentimento, raiva ou culpa, que são transmitidos de geração em geração. Essas emoções não resolvidas mantêm o padrão de repetição vivo, prendendo os membros da família em ciclos negativos.
Como curar a repetição de padrões familiares?
1. Reconhecimento e inclusão: reconheça todos os membros da sua família, mesmo aqueles que foram excluídos ou julgados. Mentalmente, ou em um espaço seguro, afirme em voz alta que todos têm um lugar no seu coração e sistema familiar. Isso também pode ser feito através de uma sessão de constelação familiar.
2. Praticar o não-julgamento: trabalhe para liberar o julgamento que você possa estar carregando em relação a si mesmo ou aos outros. Isso pode ser feito através do entendimento de que todos estão tentando fazer o melhor que podem com os recursos que têm.
3. Constelação familiar: fazer de uma constelação familiar é uma maneira poderosa de identificar quais padrões você está repetindo e por quê. A constelação ajuda a trazer à tona essas dinâmicas ocultas, permitindo que você as veja claramente e, assim, possa trabalhar na cura e liberação desses padrões.
Se você se identifica com a repetição de padrões familiares e sente que está preso em um ciclo que não consegue quebrar, uma sessão de constelação familiar pode ser o passo que faltava para encontrar a liberdade e o equilíbrio que você busca.



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